domingo, 30 de setembro de 2012

Dica de saúde: Vamos comer menos sal e mais plantas?

Autora: Kênia Leize Silva de Almeida Nutricionista – CRN 6008 kenia.almeida@izabelahendrix.edu.br


O risco relativo à idade para a hipertensão é muito mais uma função de variáveis envolvendo o estilo de vida do que simplesmente a idade, o que se acredita ser passível de prevenção. Embora os hipertensos sejam freqüentemente assintomáticos, a hipertensão não é uma doença benigna. O sistema cardíaco, cerebrovascular e renal são afetados, pela elevação crônica da pressão arterial. A aterosclerose, uma das principais causas de doenças cardiovasculares, é um resultado direto da ação lesiva da hipertensão.

O controle de fatores de risco modificáveis – sobrepeso, consumo excessivo de sal; consumo de álcool; inatividade física – tem eficácia documentada na prevenção da hipertensão. A hipertensão sal-sensível é aquela que a pressão arterial apresenta alterações (elevações ou quedas) de acordo com variações na ingestão de sal.

Assim, mesmo que as mudanças no estilo de vida não consigam o completo controle da pressão arterial, elas poderão ajudar a aumentar a eficácia dos agentes farmacológicos e melhorar outros fatores de risco para doenças cardiovasculares. Por isso é tão importante uma reeducação alimentar e também a prática de atividade física, para uma vida mais saudável e sem problemas cardiovasculares.

Então, que tal começarmos por uma receita de sal sem sal? Abaixo você encontrará três receitas de sal de ervas. Experimente!!

Receita I

Misture em porções iguais: orégano, alecrim, manjericão, cheiro verde, alho e cebola desidratados. Compre estes temperos já secos. Bata no liquidificador, guarde em vidros tampados e use substituindo o sal.

Receita II

Vinha D'alho sem sal - Bata no liquidificador:

1 cebola
1 colherada de pimenta malagueta
3 dentes de alho
1 pitada de pimenta do reino
1 pitada de páprica
1 pitada de noz moscada ralada
Depois de moído, coloque 2 xícaras de vinagre. Junte uma colherada de azeite de oliva, misture bem e engarrafe. Usado sobre a carne, batatas ou verduras este molho disfarça a ausência de sal.

Receita III

Ingredientes

2 colheres de chá de alho em pó
1 colher de chá de manjericão
1 colher de chá de orégano
1 colher de chá de raspa de limão ralada
Bater os ingredientes no liquidificador. Armazenar em um recipiente para sal e utilizar como substituto do sal.
Dica: Acrescentar alguns grãos de arroz cru para evitar que fique empedrado.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Alelopatia x Inseticida Botânico

Por: Rosilene Almeida Magalhães

A alelopatia pode influenciar o manejo das espécies, sendo definida como um processo que envolve a produção de metabólitos denominados aleloquímicos ou compostos secundários, produzidos por plantas e microorganismos que podem influenciar na germinação ou no desenvolvimento de outras espécies sensíveis aos aleloquímicos (Rice, 1984). Eles estão presentes em quase todos os tecidos das plantas, incluíndo folhas, caules, raizes, flores, frutos e sementes. A liberação no ambiente pode ocorrer por volatização, lixiviação através da chuva ou sereno, exsudação do sistema radicular e por decomposição (Almeida, 1991). Ao saber quais espécies são alelopáticas podemos utilizar esse aspecto a nosso favor, seja controlando o manejo de culturas, utilizando como controle biológico de espécies invasoras indesejáveis, recuperando áreas degradadas ou contribuindo com o processo ecológico uma vez que a dominância vegetal é influenciada por essas espécies. As plantas alelopáticas, ao longo de sua evolução, desenvolveram suas próprias defesas contra insetos herbívoros, sintetizando substâncias com atividade tóxica contra insetos, podendo em alguns casos matá-los e, em outros, ter ação repelente. Os inseticidas botânicos são produtos derivados dessas plantas, podendo ser o próprio material vegetal ou produtos derivados por extração aquosa ou com solventes orgânicos como o álcool, éter, acetona, clorofôrmio, etc. O uso dos aleloquímicos na produção de inseticidas botânicos tem sido uma forte tendência de mercado , tendo em vista a maior conscientização sobre os impactos causados no ambiente pelos inseticidas sintéticos ainda utilizados em grande escala. Esses impactos vão desde a poluição dos solos e das águas até a morte de microorganismos muito importantes no equilíbrio ecológico de diversas espécies. Já os inseticidas botânicos, após comprovado seu potencial e isenção de efeitos prejudiciais na espécie receptora, não causam esses impactos ambientais. Grandes descobertas vem sendo feitas e muitas espécies alelopáticas e inseticidas já foram comprovadas. Para a determinação da atividade alelopática são utilizados bioensaios de laboratório que visam a obtenção de resultados rápidos, sob condições controladas. A germinação das sementes é um parâmetro frequentemente avaliado em estudos alelopáticos devido à fácil quantificação e resposta visível. Outro critério facilmente avaliado é o efeito do aleloquímico sobre a velocidade de germinação. A massa seca da raiz e parte aérea, o comprimento das plântulas e a presença de pêlos absorventes são parâmetros bastante usados para se avaliar o efeito alelopático sobre o crescimento (FERREIRA &AQUILA, 2000). Podemos citar alguns exemplos já comprovados como inseticidas botânicos : os extratos a base de nim , a Trichilia pallida que tem efeito no controle de moscas-brancas e lagartas e a Melia azadarach que tem efeito no controle de grilos, gafanhotos e pulgões (Souza & Vendramim, 2000; Roel et al., 2000; Brunherotto & Vendramim, 2001; Souza &Vendramim, 2001). Sobre as espécies comprovadamente alelopaticas podemos citar o Capim mimoso -Poá Sp. que afeta o tomate ; Alho silvestre - Allium vineale que afeta o trigo; a língua de vaca -Rumex cripsus afeta o milho, caruru e sorgo (Itamar, 1988). O beijinho -Impatiens walleriana induz a germinação da cevada (Santiago et al., 2002). O pequi também foi descoberto como possuidor de substâncias alelopáticas (Oliva, 2008).


REFERÊNCIAS


ALMEIDA, F.S. DE. Efeitos alelopáticos de resíduos vegetais. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v.26, n.2, p. 221-236, 1991.
BRUNHEROTTO, R.; VENDRAMIM, J.D. Bioatividade de extratos aquosos de Meliaazedarach L. sobre o desenvolvimento de Tuta absoluta (Meyrick) (Lepidoptera:Gelechiidae) em tomateiro. Neotropical Entomology , 30: 455-459, 2001
FERREIRA, A. G. & AQUILA, M. E. A. Alelopatia: uma área emergente da ecofisiologia. In: VII Congresso Brasileiro de Fisiologia Vegetal, 1999, DF. Laboratório de Fisiologia Vegetal, Departamento de Botânica, Brasília, DF.
OLIVA, K. M. F. Atividade alelopática de extratos de Caryocar brasiliense Camb. sobre a germinação, crescimento e aspectos bioquímicos e fisiológicos em Bidens pilosa, Glycine Max e Zea mays. 2006. 82f. Tese (Doutorado em Fisiologia vegetal) – Centro de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Viçosa, MG.
RICE, E.L. Allelopathy. 2nd ed, New York, Academic Press, 1984.
ROEL, A.R.; VENDRAMIM, J.D.;FRIGHETTO, R.T.S.; FRIGHETTO, N. Efeito do extratoacetato de etila de Trichilia pallida Swartz (Meliaceae) no desenvolvimento esobrevivência da lagarta-do-cartucho. Bragantia , 59: 53-58, 2000.
SANTIAGO, A.S; SILVA O.A.A.; RODRIGUES, E.; ANTOMIAZZI, N; BACH, E. A. Efeito aleopático do extrato de Impatiens walleriana sobre sementes de cevada. Revista científica Uninove , São Paulo – SP, p. 17-20, 2002.
SOUZA, A.P. DE; VENDRAMIM, J.D. Atividade inseticida de extratos aquosos deMeliáceas sobre a mosca-branca Bemisia tabaci (Genn.) biótipo B (Hemiptera:Aleyrodidae).Neotropical Entomology , 30: 133-137, 2001
SOUZA, A.P.; VENDRAMIM, J.D. Atividade ovicida de extratos aquosos de meliáceassobre a mosca branca Bemisia tabaci (Gennadius) biótipo b em tomateiro. ScientiaAgricola , 57: 403-406, 2000
TAIZ, L. & ZEIGER E. Fisiologia Vegetal. 3. ed. Porto Alegre: Artimed, 2004.



domingo, 9 de setembro de 2012

Projeto Hortas e Escola Integrada

Por intermédio do convênio que o Izabela Hendrix possui com a prefeitura de Belo Horizonte, os extensionistas e monitores do Projeto Hortas desenvolvem trabalhos de Educação Ambiental e Hortas urbanas no ambiente escolar. Atuando em escolas municipais cadastradas no Programa Escola Integrada. A dinâmica de orientações ocorre semanalmente e os monitores sempre levam informações atualizadas para as escolas, mantendo um contato contínuo entre universidade e escolas. Os monitores desenvolvem trabalhos que abordam temas como: Germinação, Jogos didáticos, práticas de ciências, trilhas interpretativas no ambiente escolar e assuntos atuais que envolvam questões ambientais. Desenvolvem oficinas que estimulam a conscientização ambiental, os alunos podem conhecer a anatomia e fisiologia das plantas, além de terem o constante trabalho nas hortas escolares, fonte de alimento saudável na escola. O trabalho com hortas é um trabalho terapêutico, onde os alunos podem desenvolver habilidades e aprenderem a respeitar o ambiente que vivem. Conheça mais sobre os trabalhos que estão sendo realizados pelos monitores no link Escola Integrada na guia acima.